São Sebastião, a joia do litoral paulista
Com quase 100 quilômetros de belas praias, emolduradas pela exuberante Mata Atlântica, São Sebastião é o destino praiano mais badalado da costa paulista. A cidade agrada a todos os tipos de viajantes. Famílias, jovens em busca de agito, surfistas, amantes da natureza e gente que busca tranquilidade: todos encontrarão refúgio aqui. O centro ainda guarda vestígios da ocupação colonial portuguesa, e as praias mais conhecidas – Maresias, Toque-Toque, Camburi, Juquehy, Boiçucanga, Barra do Una e Barra do Sahy – são também as que oferecem a melhor estrutura de hotéis e serviços.
Qual é a sua praia?
Em São Sebastião, a escolha de uma praia pode ser difícil: há mais de 30 delas à disposição. Por isso, é importante considerar algumas variantes na hora de reservar seu hotel, como o perfil de sua viagem, e época do ano em que vai visitar a cidade e o meio de transporte que pretende usar. O jeito mais fácil de circular é de carro, já que as praias estão distribuídas ao longo da rodovia Rio-Santos. Se quiser abdicar do volante, cogite uma das que têm mais estrutura de serviços, como Maresias, Boiçucanga e Juquehy. A primeira, concorrida no verão e nos finais de semana e feriados, atrai jovens surfistas durante o dia e festeiros à noite. A Sirena, casa noturna mais conhecida da região, está aqui. Boiçucanga e Juquehy têm um perfil mais familiar, boa estrutura de comércio e oferta hoteleira e um pôr do sol digno de nota.
Explorando a Mata Atlântica
Cerca de 70% do território de São Sebastião se encontra dentro do Parque Estadual da Serra do Mar. Com isso, o município permite conhecer melhor a beleza da Mata Atlântica, com suas trilhas e cachoeiras. A queda d’água mais popular da região é a da Pedra Lisa, em Boiçucanga. Por causa do acesso fácil e da ducha de 40 metros, o local enche nos finais de semana de calor. Ainda no mesmo complexo, as cachoeiras Samambaia-Açu e da Serpente são mais complicadas de alcançar, mas também valem a visita. Em Camburi, o parque Sertão do Cacau tem cachoeiras e piscinas naturais, mas a entrada só é permitida com guias locais. Da calma Barra do Una, onde deságua o rio de mesmo nome, partem passeios de caiaque: os mais indicados para iniciantes são os que descem o Rio Cubatão, com três horas de duração. Outro jeito de conhecer várias praias em um único passeio é embarcando em uma lancha: diversas empresas oferecem o tour que percorre as ilhas do Montão de Trigo e das Couves, com paradas para banho e mergulho com snorkel.
Para fugir do agito
O litoral de São Sebastião guarda bons segredos para quem não se interessa pela agitação da badalada Maresias. Se é sossego o que você quer, fique tranquilo: há lindas praias selvagens e de difícil acesso, ideais para passar um dia sereno em meio à natureza. É o caso de Calhetas e Brava. Outras, apesar de calmas, contam com boa oferta de hotéis e pousadas. É o caso das contíguas Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno. Elas têm águas claras e natureza abundante, e são muito procuradas por famílias e casais. Boas pedidas para ir em grupo são Paúba, Barra do Sahy e Camburizinho, que conservam o ar pacato das vilas de pescadores que foram um dia.
llhabela, uma atração à parte
O charmoso destino, alcançado em 15 minutos de balsa a partir de São Sebastião, merece atenção extra. Além dos 36 quilômetros de praia e de suas centenas de cachoeiras, Ilhabela se destaca pelo alto nível de seus hotéis e restaurantes. Tesouros paradisíacos como as praias de Castelhanos e do Bonete, preservadíssimas, e a boa estrutura das praias do Julião, do Curral, do Veloso e da Feiticeira, fazem com que a ilha atraia milhares de visitantes todos os anos. Na alta temporada, a via principal, que conecta o norte ao sul, pode ficar congestionada, e as filas da travessia da balsa são grandes. Mas o cenário deslumbrante vale o esforço!
Passeio histórico
Quem visita São Sebastião precisa saber que suas atrações ficam espalhadas e, por vezes, distantes umas das outras. Por esse motivo, o centro, que concentra o comércio, boa oferta de serviços, o porto e o ponto de travessia de balsa para Ilhabela, acaba não sendo muito procurado pelos turistas. Mas ele guarda um belo tesouro, que acaba passando em branco para a maior parte dos visitantes: o preservado centro histórico. Em toda sua extensão, a Rua da Praia ostenta casarões coloniais dos séculos 17 e 18, e caminhando pelo bairro – que abarca sete quarteirões – é possível encontrar outras oito construções da época em bom estado de preservação, entre elas a Igreja Matriz e a Casa E